Está mais do que certo que os Estados Unidos perderam esta guerra, tanto é assim que não há meios de haver uma saída honrosa do país, que está hoje muito mais hostil aos ideais que supostamente levaram as tropas à invasão do que eles jamais imaginaram que seria.
E no front da propaganda interna, as coisas estão indo de mal a pior. Ressuscitaram até a Jane Fonda - que se não me engano havia pedido desculpas ao povo americano por não apoiar a guerra do Vietnã em respeito aos soldados que estavam lá perdendo vidas – como ativista política antiguerra, e eu desconfio que isso tudo sem que os estadunidenses tenham idéia do lodaçal em que meteram.
Ficou claro que as tropas do tio Sam – como de resto acho que as de todos os países - não têm capacidade de ocupar uma nação hostil aos seus ideais; ou como se costuma falar, ganhar corações e mentes. Com elas é oito ou oitenta, ou a submissão ou abandona-se o intento por que os outros não têm “corações ou mentes”. Ou a terceira via, eliminação total, mas em um mundo tão interdependente quem irá apoiar algo assim?
O fato é que hoje Bush pediu mais alguns bilhõezinhos para continuar com a pantomima de que a situação do Iraque tem jeito, pelo menos um jeito que agrade aos habitantes acima do Rio Grande a abaixo do Niagara (Van Damme diria: retroceder nunca, render-se jamais). Sabe que não tem e vai tentar levar as coisas com a barriga pelos próximos dois anos e quem sabe fazer um sucessor.
Em um mundo que reelegeu Chávez, Lula e o próprio Bush, não seria de se espantar.
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