quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Bruxa solta

Achei ontem um anuário agrícola, de 1988, editado pela Abril, que gostava de ler quando criança. Nele havia o seguinte trecho."Mas em princípio, recomenda-se nunca levar para a Bahia os ramos, as folhas, os frutos ou sementes de cacau e cupuaçu (da família do cacau) da Amazônia, pois com o material poderão ir também germes de doenças, como a vassoura-de-bruxa, o que resultaria em graves prejuízos para o país."
Em 1989 foram identificadas os primeiros focos do fungo no sudeste baiano e, em 2006, a revista Veja lançou a denúncia de que a doença foi espalhada voluntariamente, e, o pior, por pessoas pagas para evitar que isso ocorresse, incluindo um testemunho, reproduzido aqui*, de um dos criminosos.
Para todos os critérios, excetuando-se o criminal, não importa muito se verdadeira ou não a denúncia trazida pela Veja. Milhares foram arruinados, e o padrão de vida da região diminuiu bastante, pela ocorrência de uma praga totalmente evitável. Para premiar a incompetência, ou coisa pior, em impedir a disseminação, os funcionários do Ceplac foram alçados a cargos de confiança nas administrações petistas posteriores.
Com critérios assim para promover, não me admira que os erros relatados ontem ocorram. Decisões na calada da noite, descaso pelas conseqüências e ascensão política resultante das duas anteriores parecem um padrão antigo de administrações do partido.
Até quando teremos que conviver com isso?


*Retirado da internet e digno de suspeita da autenticidade

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