Quem diz que dinheiro não dá em árvore, não conhece o Brasil. Nunca ouviu falar dos ciclos do pau-brasil, do café e da borracha. Nunca leu sobre como o algodão arbóreo construiu São Luís, no Maranhão, e o cacau, Ilhéus, na Bahia. Nunca passou pelo interior de São Paulo e suas laranjeiras.
São igual desconhecimento da realidade, porém, os planos de se assentar a população excluída urbana que vez ou outra pipocam por aí. Pensar na agricultura como depositária de mão-de-obra desqualificada é acreditar em coelhinho da páscoa.
Apesar de ele estar lá, ganhar dinheiro no campo é para profissionais, principalmente quando estamos falando de pequenas propriedades. Exige trabalho duro, capital e, essencialmente, conhecimento. Levar pessoas sem esse conjunto de fatores para uma propriedade rural é o equivalente a condená-las ao ostracismo.
Foi exatamente o que fez Robert Mugabe quando implementou uma "reforma agrária" com intuito de corrigir as falhas históricas do colonialismo, em 2000. Quase nove anos depois, há no Zimbabwe mais famintos e menos renda agrícola.
Melhor faria o MST se virasse um partido político e vendesse sonhos de comunismo institucionalizado que vendendo ilusões de prosperidade rural aos excluídos urbanos.
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