quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Excepcionalismo?

Fiquei muito feliz com o fim do governo Bush, mas fiquei com uma pulga atrás da orelha com os discursos do Obama.
O triunfalismo e sentimento de que governa um país completamente diferente dos outros continuam o mesmo. Como confiar no julgamento de quem pensa ser especial, um iluminado?
Nem dizer que a sua história pessoal qualifica os Estados Unidos como um outro mundo possível, Obama pode. Sarkozí é filho de imigrantes; Brown é escocês, assim como Blair; Hitler, austríaco; Stálin, georgiano. Tanto em ditaduras, como em democracias, é comum que representantes de minorias cheguem ao poder.
Se é motivo de júbilo que um negro (melhor dizendo, um mulato) chegue à presidência naquele país, isso diz mais contra do que a favor dele.
Melhor faria Obama ao colocar sua nação como mais uma no mundo, com problemas e vantagens como todas as outras, disposta a integrar-se ao concerto das nações. Requereria humildade, mas seria mais producente.

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