O, agora, laureado com o Nobel de economia, Paul Krugman, lançou, em 1996, um livro voltado para leigos com a intenção de combater ao Codebufê - Country desolating bullshit festival - (versão americana do Febeapá) que imperava à época. A maior das besteiras era a repulsa ao comércio internacional, acusado de ser a raíz de todos os males.
Desconfio que ele precisará escrever outro, pois a versão 2009 do festival não assolará o país, mas o mundo. Pequena mostra foi o episódio licença prévia "só-para-efeito-de-estatística" que o o Brasil tentou impetrar. Maiores foram as diminuições repentinas nas compras de commodities por parte dos países autocráticos orientais, nos quais estou incluindo a Rússia. Imensos serão os pedidos de fechamento das fronteiras das nações ocidentais ricas.
A crença infundada de que em uma transação apenas o vendedor sai ganhando é generalizada quando se trata de comércio internacional, o que é bastante estranho, pois as mesmas pessoas que assim pensam, fazem comércio diariamente sem sentirem-se exploradas. Para elas, quando são países os contratantes, as vantagens intrínsecas vão apenas para um lado; quando pessoas, não.
A regra geral do comércio é que ele beneficia ambas as pontas. Divide as vantagens comparativas das partes e aumenta as possibilidades de consumo. Claro que pode, certas vezes, gerar ganhos desproporcionais para um dos lados, mas, diria, é maior a possibilidade de o comprador ser o escolhido para gozá-los em um ambiente de ampla concorrência.
Restrições às trocas internacionais foram responsáveis por recessões prolongadas ao longo da história. Deixar que isso ocorra novamente baseado em falsas premissas e preconceitos seria apenas mais uma evidência da inviabilidade da espécie. Estupidez humana em seu estado da arte.
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