domingo, 22 de fevereiro de 2009

Luz, câmera e história, por favor

Como hoje é a celebração do cinema de Hollywood, tentei me lembrar qual foi o primeiro filme oscarizado que assisti. Com base na lista de premiados, tentei me lembrar, mas não consegui. Foi provavelmente "A Noviça Rebelde" que, sendo da turma de 65 e de temática leve, devia fazer muitas aparições na Sessão da Tarde.
Se não lembro, a explicação é que foram muitos os filmes assistidos. Houve uma época, lá pelos meus 15 anos, em que ser ganhador do Oscar era uma boa razão para que eu ver um filme. Não me arrependo dessa fase, vários são excelentes. "Golpe de Mestre" é dos meus preferidos em todos os tempos. A magia, porém, quebrou-se. Nesta década, vi apenas a metade dos agraciados com o distinto prêmio.
A razão, talvez, é que os próprios filmes americanos, e não só os vencedores do Oscar, perderam muito de seu apelo, ao menos para mim, ao priorizar todos os outros aspectos da trama ao enredo. "O Senhor dos Anéis: o retorno do Rei" é dos piores filmes que assisti em toda a minha vida, rivalizando, quem sabe, os outros dois da trilogia e uma ou outra comédia escatológica.
Cinema é uma obra coletiva, mas tirar os roteiristas do centro da produção é uma péssima opção. Concordo com Chris Anderson, e sua teoria da cauda longa, principalmente nos bens etéreos; também nessa indústria, penso que a chave para o sucesso futuro será extrair pouco lucro anual de cada produção. Isso só é possível quando pessoas queiram assistir aos filmes muitas vezes, o que não acontece quando a única emoção que se consegue com ele é vertigem.
Dizem que a leva deste ano é muito boa, com boas história, ou para denunciar a idade, estórias. Não posso me pronunciar porque não assisti a nenhum. Espero que seja verdade, todos aqueles que gostam de bons filmes só têm a ganhar.

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