Era previsível que a Justiça iria tentar reverter o quadro das demissões da Embraer. A Trabalhista brasileira tem um viés totalmente pró-trabalhador, como de resto toda a nossa sociedade, que é, em muitos aspectos, pré-capitalista (ver texto do dia 24). Está, portanto, fazendo o que dela se espera.
Fica, porém, um conselho ao grupo de funcionários restantes da produtora de veículos aéreos. Os dirigentes das centrais sindicais não ligam a mínima para vocês. Eles só querem ficar com a imagem de que são eficientes em lidar com os empregadores malvados.
Este filme já passou muitas vezes, e sempre acaba mal para os que põem as mãos na massa. Empresas muito maiores, como a General Motors vai acabar demonstrando, encontraram seu fim por não tomar a decisão difícil de diminuir seu quadro inchado de funcionários enquanto ainda havia tempo.
Outras fizeram da satisfação de seus "colaboradores" a sua razão de ser, quem não lembra da Varig, que era dirigida por uma fundação controlada por seus funcionários, e apenas os decepcionaram, com a falência.
Não é função da justiça, ou mesmo dos sindicatos, ir contra a discricionaridade do empregador em manter a quantidade de postos de trabalho que considerar adequados. Cabe a ela observar se as leis foram cumpridas, punindo os que não as observarem. Qualquer outra opção, é populismo da pior espécie.
Espero que não acabem por transformar a manutenção deste um quinto dos funcionários da Embraer na ruína dos os outros quatro restantes.
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