As preocupações com relação ao futuro dos empregos é, nestes tempos de marola supernutrida, uma coisa natural, mas, ao que parece, as soluções para empregar mais pessoas não podem ser obrigar empresas a manter funcionários a ferro e fogo.
A repercussão das demissões da Embraer mostram a utilização política de assuntos totalmente econômicos, e isso não leva a nada bom, ou melhor, a nada bom para o conjunto da sociedade, pois uma casta de beneficiados sempre há.
Há, no Brasil, a fantasia de que o emprego é do funcionário e a empresa empregadora, personificado pelo empresário ou executivo, deseja sempre subtrai-lo por pura maldade. Essa visão não é apenas infantil, é também deletéria para o funcionamento do capitalismo.
A partir do momento em que não se pode demitir, evita-se contratar também. É um padrão observado mundialmente; países com relações trabalhistas rígidos têm altas taxas de informalidade e desemprego.
Não que eu esteja defendendo o vale tudo, com exploração ou trabalho escravo, porém nossa legislação trabalhista só serve para inchar a conta bancária de sindicalistas e carrear recursos para o governo fazer mal uso, como as contas previdenciárias que rendem menos do que a poupança e não se revertem em infraestrutura de qualidade.
Não fazer o que não sabe é sempre uma boa dica; evitar dar palpite onde não tem competência é melhor ainda. O governo e os sindicalistas não conseguem gerenciar nada, além da luta política, de modo minimamente eficiente, por que deveriam ser ouvidos nos momentos de demissão?
observação 1: Façam o que eu digo, mas não o que faço. É o meu comentário a respeito do primeiro período do último parágrafo.
observação 2: Segue abaixo o programa "Sem Fronteiras", da Globo News, tratando da crise mundial do emprego.
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