Com o fim do carnaval, é hora de fazer o rescaldo. Muitos neurônios, horas e dignidades jamais serão recuperados, mas algumas contas bancárias sairão bem melhores do que entraram.
Esta é uma das épocas em que o turismo mais arrecada no país. Os preços inflacionados não afastam os seguidores de Momo, que ganham em troca um serviço muito aquém do desejável, por simples impossibilidade de oferecê-los com tamanha e concentrada procura.
É de interesse de prestadores e dos receptores de serviços que haja uma desconcentração dos pontos turísticos e da alta temporada. Os primeiros por ter fluxo de caixa mais seguro, os segundos para receber tratamento melhor.
Com mais turistas ao longo do ano, Salvador, por exemplo, suportaria um maior número de acomodações de qualidade. Os foliões não precisariam de tantos alojamentos improvisados, usufruindo de maiores conforto e segurança.
Da forma como estão as coisas hoje, ser uma cidade de carnaval é um risco para o município. Sempre pode aparecer outra mais na moda, e os gastos podem não se pagar.
Tornar-se acolhedora em todas as épocas e ter a folia de fevereiro apenas como mais uma data é tudo que uma cidade pode querer para a geração de renda. Espero que um maior número consiga nos próximos anos.
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