Entre as coisas que Jarbas Vasconcelo9s disse, uma que causou comoção foi a afirmação de que Sarney transformaria o Senado em um grande Maranhão. Não creio que seja possível. O novo presidente da Casa não tem competência para tanto, qualquer que seja a acepção da frase.
Belo e pobre, o Maranhão é o exato oposto do Senado, com seus gastos ostensivos. Estéril em sua produção legislativa, este ano, pelo menos até o momento, apenas se discutiu cargas, a Casa vê seu prestígio junto a população descendo a ladeira; o estado recupera, aos poucos, junto ao povo brasileiro a posição de jóia da coroa, associada aos prazeres, como celebrizado por um dos seus ilustres representantes literários, Gonçalves Dias, em Canção do exílio.
Tivesse o poder transformador que lhe confere seu colega, Sarney teria feito o Brasil mais parecido com o seu estado natal, mas quê. Foram cinco anos sem nenhuma mudança. Social, cultural e economicamente; o país após a presidência do acadêmico era o mesmo legado por Figueiredo. Posso afirmar que mudanças só ocorrem quando os elementos afetados deixam-se levar, vencendo a inércia. Tudo que o ex-mandatário maior da nação fizer no Senado será fruto da aceitação ou complacência de seus colegas, principalmente se ele virar uma casa da sogra.
Fosse um cidadão maranhense, estaria muito ofendido com o senador Vasconcelos. Comparar o seu lar com uma das casas do Congresso parecer-me-ia uma diminuição. Ainda mais se observarmos o que dele tem-se falado ultimamente.
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