A imprensa e os analistas já decretaram, devemos seguir o modelo chinês se quisermos ser alguma coisa na vida.
A principal prova é o assombroso superávit comercial que o país (China) tem, já que eles exportam mias de 500 bilhões de dólares e baseiam sua economia na exportação. Se tivéssemos o “grande” superávit que eles têm poderíamos ser então menos vulneráveis externamente. Seria verdade, caso não houvesse um pequeno detalhe, nosso superávit fiscal é maior do que o deles.
Não muito maior, é verdade; poderíamos dizer até que eles estão mo mesmo patamar, por volta de 30 bilhões de dólares. Na verdade, se eles ganham no volume de comércio, não são mais internacionalizados do que nós. Se utilizássemos um índice de comércio, como o fluxo internacional de mercadorias pelo número de habitantes, veríamos que um brasileiro tem mais peso proporcional que um chinês.
O que mantêm os superávits na balança de pagamentos em patamares assustadores – atualmente por volta de 80 bilhões anuais - é a retenção de dólares pela entrada de capital externo para o investimento em fábricas sobre domínio estrangeiro ou “joint ventures” com empreendedores locais.
Então se há um segredo a ser procurado na China não é no montante de exportações, é na atração e manutenção de investidores externos. É em procurar ajudar os empreendedores. É em não dificultar absurdamente a abertura de empresas; o que é feito aqui.
Em quase todo o resto, das mazelas às vantagens, já somos muito parecidos.
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