E o Suplicy, sendo atacado porque resolveu seguir seus princípios?
A idéia era a seguinte, a bancado do PT votaria pelo sim, mas apenas se não houvesse mais jeito, aquele típico gesto para agradar a torcida. Depois que tudo estivesse resolvido, a CPI encaminhada, se estivesse, os senadores votariam em bloco pela abertura da mesma. Caso não fosse alcançado o número mínimo, ninguém assinava e ficava tudo por isso mesmo. Bonito, né?
E como Suplicy roeu a corda, os demais senadores ficaram contrariados. Ele não cumpriu o acordo com eles, coitadinhos.
Pois é, pessoal, nossos representantes têm uma opinião para a tarde e outra para a noite. Assinar a CPI quando nada está definido não pode, quando tudo está pode. E quando algum não é Maria-vai-com-as-outras os demais fazem birra, como em um grupo de adolescentes.
Até acredito que a fidelidade partidária é um bem para o sistema, mas a verdade é que não votamos nos partidos para nos representarem. Votamos em pessoas que estão, transitoriamente, filiadas a um partido. E se é assim, devemos crer que a consciência destes deve prevalecer aos desígnios da liderança do partido. Se não, que se mude o sistema político, a reforma não está aí a anos para ser votada e ninguém se mexe?
Evento após evento, discurso após discurso, bravata após bravata; os nossos políticos e partidos mostram que são sim, farinha do mesmo saco. E que gostam disto, pois na geléia geral, ou mar de lama como pensam alguns, podem fazer das suas sem ter que por a cabeça para fora da multidão e se destacar, para o bem ou para o mal.
Nosso imprensa sensacionalista não faz nada para diferenciá-los – no máximo diz que há bons e maus – e eles vão seguindo ou, citando Chico Buarque, “ ...a gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando essa....”
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