Discordo do Reinaldo Azevedo sobre a não-exploração política do linfoma de Dilma Rousseff.
É fato que uma doença não diminui ninguém, moralmente, mas afeta, e muito, sua capacidade de trabalho. Temos como exemplo o vice-presidente, em toda a duração do governo Lula até aqui, só se falou de duas coisas sobre ele, sua propensão a execrar a política de juros do Banco Central e suas idas e vindas aos hospitais, para tratar tumores abdominais.
Linfomas, até onde sei, costumam ser muito agressivos. Afortunadamente, Dilma parece tê-lo descoberto em um fase inicial, mas a batalha deverá fragilizá-la. A saúde de uma pessoa, mesmo pública, é do âmbito privado, mas em um candidato à presidência, isso se torna de foro público.
Já tivemos muitos casos em que o mandato foi exercido em grande parte pelo vice. O mais célebre, o governo Sarney, padeceu de uma falta de representatividade que, na minha opinião, semeou grande parte dos males políticos que enfrentamos hoje.
A saúde das pessoas que se candidatarão ao mandato que inicia em 2011 é sim um dado importante. Ignorá-la pode nos trazer problemas no futuro.
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