Dúvida apontada pelo leitor Xinxa Gaspar. Será que teremos eletricidade suficiente para mover os carros elétricos como fazemos com os movidos a combustíveis líquidos?
A resposta é sim, certamente. E digo isso porque independe da vontade e competência de qualquer dirigente governamental.
Se há uma coisa certa no mundo é a ineficiência dos motores de combustão interna utilizados nos veículos (conversão energética máxima teórica de 24%, em condições controladas e rotação constante - físicos, se houver um que leia este blog, socorram-me se o número estiver errado -, em condições de uso, é bem menor, menos do que 20%), mas nós os utilizamos devido aos fatores já relatados no texto de ontem.
Os motores elétricos conseguem eficiência superior a 80%. As usinas termoelétricas conseguem extrair, com suas turbinas, perto de 50% da energia contida no combustível que empregam.
Fazendo aquela regra de três simples, veremos que, caso todos os carros, por um passe se mágica, virassem elétricos e os combustíveis utilizados hoje por eles desviados para as usinas, seria possível alimentar ao menos o dobro dos veículos circulantes.
É verdade não seria simples assim, requereria a construção das usinas, redimensionamento das redes de distribuição e treinamento da mão-de-obra envolvida (parte mais difícil da questão), mas nenhum destes desafios é insolúvel, com as tecnologias que dispomos hoje e a mesma lógica empregada atualmente.
Mas o emprego dos carros elétricos poderia ser, além de tudo, uma evolução na geração descentralizada de eletricidade, através painéis fotovoltáicos ou outras tecnologias menos glamorosas, ao menos hoje.
Escrevi, no passado, alguns artigos sobre o tema, para encontrá-los, basta clicar no marcador energia, logo aí abaixo.
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