quinta-feira, 23 de abril de 2009

Fazendo o errado da melhor maneira possível

Já que há o limão e a sede, que façamos o suco com carinho.
Os estadunidenses têm uma visão errada de sua própria economia. Acreditam que o Estado participa pouco, que estão em uma ilha de liberalismo em um mar de socialistas. Esquecem-se que seu maior complexo industrial é o militar, bancado basicamente com recursos públicos, e que de lá saem a maioria das inovações tecnológicas. O custo, porém, é gigantesco. Eles gastam com o aparato bélico mais do que todas as outras nações em conjunto, e não estão garantindo seus objetivos.
Como vivem iludidos, o keynesianismo surge, ao que parece, como a solução para crise. As tentativas para salvar a economia de lá descambarão para intervencionismo estatal generalizado. E nada leva a crer em melhores resultados serão alcançados. Os Estados são intrinsicamente ineficientes. Toneladas de dólares foram despejados nos bancos, e ... nada. Bilhões para as montadoras, e ... adiadas as concordatas, que, certamente, virão.
Neste quadro de intervenção, o melhor a fazer é carrear os recursos para as novas tecnologias. A idéia de Obama de usar os fatores de produção excedentes neste momento de recessão para ter energia elétrica sobrando na retomada é o melhor que se pode fazer.
Serão quilowatts a custo de ouro, mas é melhor isso a abrir buracos para tapá-los mais tarde. Nossos luláticos querem apenas aumentar os gastos correntes. Quem parece ter mais razão?

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