sexta-feira, 3 de abril de 2009

Profissão:pilantra



A reportagem acima demonstra alguns dos pontos que venho sublinhando neste blog.
O "engenheiro" tinha conseguido sucesso profissional a despeito de não ter cursado engenharia. Se uma companhia multinacional e uma instituição de ensino não identificaram incompetência na sua atuação é sinal de que estava desempenhando as tarefas a contento. A exigência corporativa dos documentos comprobatórios (diploma e CREA) mostrou-se indevida, então. Pode-se até contestar a qualidade das empresas, a faculdade, especialmente, teria muito a explicar, mas não que o trabalho estava sendo feito.
Diversos órgãos públicos foram ludibriados, mostrando que o controle exercido por eles é, na melhor das hipóteses, tênue. A manutenção deles é uma forma de punir a população, não de defendê-la. Os cartórios, em especial, demonstraram a inoperância. Se a sua função é primordialmente dar "fé pública" a documentos e o faz em um falsificado, que mais esperar de um sistema legal no qual são essenciais. É o Estado que cobra, porém não entrega.
E, como dito ontem, o problema está na educação básica. É a exigência do diploma sem a valorização do saber que cria aberrações como estas. E a falta de conhecimentos dos que o rodeavam que permitiu a continuidade.
Corporativismo, inoperância do Estado e desprezo pelo conhecimento.
É um vídeo bastante representativo do estado da nação.

Nenhum comentário: