domingo, 1 de março de 2009

Justiça caolha.

Editorial do Estadão, de hoje, e argumentação de Dirceu (aqui completa) mostram a que ponto chegamos na imbricação política-justiça.
O ex-ministro disse o seguinte:
"Estamos discutindo um direito, fora o detalhe que, não por minha culpa, a ação já prescreveu, mas o que está em jogo é o caráter e o papel das ações populares. Se os que apelam para esse instituto, sem má fé ou dolo, tem que arcar com as custas dos processos, deixa de ser uma ação popular e um instrumento de fiscalização e cobrança de atos dos governantes, isso sem falar que sendo minha casa, construída depois no terreno, é meu único imóvel, é impenhorável."
Então, segundo ele, por ser popular, uma ação não deve trazer conseqüências pecuniárias? Podemos falar qualquer coisa e não provar, fazendo os cofres públicos arcar com a defesa do denunciado, e depois dizer desculpa, foi engano?
Irresponsabilidade na disputa política é uma arma que não deveria ser usada nunca, as ações e omissões devem ser punidas quando causam dano, e parece ter sido esse o caso. Além disso, se um imóvel é dado como garantia e é impenhorável, não é má fé de quem o colocou nessa situação?
Quanto ao atual ministro, que vergonhoso é tê-lo. Durante sua administração as mortes violentas imbicaram para o sentido ascendente e as instituições do refúgio e do asilo foram desmoralizadas. Como diria o capitão Nascimento: Pede pra sair.
Resta agora saber quem é o dono mencionado na coluna de Élio Gaspari, de hoje, na Folha, no seguinte trecho:
"Com a fuga de Cuba do boxeador Guillermo Rigondeaux, escreveu-se o penúltimo capítulo da uma história iniciada em 2007, quando ele e seu colega Erislandy Lara foram deportados pela polícia do comissário Tarso Genro.
O último será escrito quando se souber com quem Fidel Castro falou no dia em que ele soube do desaparecimento da dupla. Que falou com alguém, falou, pois isso foi contado pelo seu chanceler, Felipe Pérez Roque. Nas suas palavras, o Comandante pediu ao seu interlocutor ajuda para "propiciar e organizar" o repatriamento dos fujões. Pode demorar, mas um dia a identidade do amigo de Fidel será conhecida.
"
Não acredito que teremos grande surpresa, quando ele finalmente mostrar a cara.

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