quarta-feira, 25 de março de 2009

Quanto ao comentário da postagem de ontem

"Você discorda da exigência do diploma ou da exigência de uma carteira de um conselho regulador?

Nos casos onde o profissional trabalha como autônomo como médicos em consultórios e dentistas, como seria feito esse controle cruzado?

Concordo que o fato do cidadão não portar a CNH não o desabona como motorista, mas como identificar aqueles que verdadeiramente não estão aptos a dirigir?

abraço,
Xinxa
"

Sou, na verdade, contrário a ambos, carteira e diploma, caro Xinxa, porém sou favorável ao cumprimento da lei. Se hoje há a exigência deles, que seja cumprida a vontade escrita da sociedade. Minhas discordâncias são em tese, apenas.
Sou favorável a um sistema judiciário que cumpra seu papel, punindo rapidamente que comete más-práticas, retirando, o que coibiria o charlatanismo.
A reportagem antiga do Jornal Nacional, aí embaixo, mostra que a regulamentação em nada interfere quando não se quer respeitá-la.
Sei que é um pensamento utópico, mas o descaso com a vida humana só diminuirá quando vier acompanhado de ação enérgica e, principalmente, rápida das autoridades. Enquanto não ocorrer esta ação, mais mortes ocorrerão; trata-se, simplesmente, da Teoria da Janela Quebrada sendo demonstrada.



Quanto à aptidão para dirigir, as inúmeras fraudes na obtenção da licença demonstram que ela não pode ser vista, seriamente, como um garantidor de proficiência ao volante. Além disso, o trânsito é uma interação social, não um reino de motoristas. Para evitar completamente os acidentes, seria necessário exigir também licença dos pedestres, ciclistas e animais que circulam pela via. Como não me parece factível que se proíba os pedestres de circular, e não serão criadas licenças para eles, há um tratamento injusto de saída para com os condutores.
Em um mundo ideal, a solução seria o ensino de leis e manobras de trânsito durante os anos do período escolar obrigatório. Se a todos os integrantes da sociedade fossem ensinados a boa convivência no trânsito, as licenças de direção para veículos auto-motores seriam desnecessárias, como foram as para charretes e assemelhados no passado, com os mal-feitos sendo punidos pela mesma justiça dos períodos iniciais do meu comentário. Mas é, também, uma defesa em tese; estamos longe do mundo ideal.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gian,
Não consegui ver a reportagem do JN, depois tentarei novamente.
Suas idéias são no mínimo revolucionárias e acho que a sociadade nunca estará pronta para acatá-las, pelo menos não nos grandes centros.
A educação contínua e iniciada cedo seria fantástico e não seria difícil de implantar e melhoraria muito o nosso transito, mas muito pouco provável que aconteça.
Com relação aos diplomas, ainda não tenho uma opnião formada sobre uma mudança nesse sentido. Vou pensar melhor e volto a comentar.
Xinxa