quarta-feira, 25 de março de 2009

Estratégia vitoriosa; para os delinquentes

O gráfico ao lado, retirado da The Economist de 7-13 de março (original aqui), mostra o quanto a criminalidade alimenta-se de Estados desgovernados.
Nota-se a queda brusca da capacidade de produção de cocaína no Peru, com a derrocada do Sendero Luminoso, seguida pelo aumento da colombiana, no momento em que o governo deste país decidiu negociar com as Farcs, dando-lhes, inclusive, zonas desmilitarizadas para atuar.
O problema é que não há uma relação de simples causa-efeito, mais governo legítimo, menos crime, mas um ciclo de reforço. Quanto menos governo legítimo, mais crime, que produz um governo paralelo que passa a combater o legítimo. Pode-se combater o ciclo fortalecendo o governo legítimo, ou enfraquecendo o crime. A segunda opção parece-me, liberal que sou, a melhor.
Já defendi nesta página a liberação das drogas, basta clicar no marcador drogas, ao pé desta postagem, para ver meus argumentos, de modo que é desnecessário fazê-lo novamente. Devo, porém, deixar claro minha preocupação com o rechaço sumário das idéias da comissão, da qual faz parte Fernando Henrique Cardoso, que pediu a discriminalização da maconha, como um primeiro passo de um esforço maior.
Continuar o War on drugs, um mais do mesmo, só tende a repetir os resultados alcançados até aqui. Se não deu certo em 100 anos, não é agora que dará. Ou será que uma nova Humanidade surgiu repentinamente?
Desde que o mundo é mundo, como dizem meus antepassados, violência gera violência; luta armada beneficia os psicopatas e afasta a livre empresa. Convém a nós refletir se queremos manter esta estratégia vitoriosa, para os Beiras-mar e Marcolas.

Os três vídeos a seguir são uma seqüência do Bom Dia Brasil de hoje, servem perfeitamente para ilustrar a opinião acima.





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