Não é necessário ser muito esperto para saber que quando se faz tudo errado as coisas vão dar errado, por mais que você acredite que está fazendo o melhor.
O governo Marta Suplicy gastou grande parte de seu mandato aumentado impostos, brigando com a bancada de seu partido e fazendo populismo em rincões da capital (principalmente com os Cieps; ops, ato falho; com os Céus) e dizendo não poder fazer mais devido a uma herança maldita. Deu no que deu.
O governo Lula; passou a sua primeira metade na gestão do executivo aumentando os impostos, brigando com a bancada de seu partido e fazendo populismo em rincões do Brasil, além de cunhar a expressão herança maldita. Ainda não deu em nada, mas creio que a dúvida sobre a capacidade de Lula se reeleger apareceu.
O que fez o governo então? Radicalizou, tentou aumentar mais os impostos, começou a brigar mais com o seu partido e bem, o populismo está tão desacreditado que nem se fala mais nele.
Será que é uma estratégia vencedora? Façam suas apostas.
Tem mais uma coisinha que os geniais estrategistas da reeleição do governo estão tentando fazer Iniciar desde já a campanha eleitoral. Inclusive gastando os golpes baixos poderiam ser usados no calor das proximidades do pleito.
A intervenção na saúde do Município do Rio de Janeiro e a retenção de verbas do Estado de São Paulo são exemplos disto. O lucro do governo; além da humilhação de ter suas ações contestadas desfavoravelmente pelos Tribunais, conseguiu dar visibilidade nacional a competidores que eram conhecidos apenas em seus respectivos estados. Golpes de mestre.
A corrida eleitoral poderia ser muito monótona sem concorrência; se ela não existe, fabrique-a.
Gestou também um monte zumbis que estão ocupando a esplanada dos ministérios, entre os velhos que sabem estar só esperando o tempo da substituição chegar e o novo que só não é mais contestado por falta de espaço.
Há também os indiozinhos morrendo de desnutrição (coisa estatisticamente normal, para o representante do governo), a guerra (não declarada) com o legislativo, o imbróglio com a reserva Raposa-Terra do Sol (que não começou ser gerado agora, mas cujo resultado será atualíssimo), etc.
É fato que não existe nenhum candidato forte, ainda, para concorrer com Lula , como houve para concorrer com Marta, porém a nossa história mostra que isto é o menor dos problemas. Fabricar um candidato é relativamente fácil, quando se dispõe das ferramentas certas. A pouca experiência democrática dos brasileiros, aliada a partidos risíveis, abre-se como uma grande oficina para os manipulares.
Caberá a Lula e ao gênio do crime (aqui é só uma expressão para indicar planos mirabolantes, não me levem a mal) que coordenará sua campanha, transformar o cenário que se avizinha em algo que não faça a população querer mudanças. O tempo das bravatas já passou, o de promessas também.
Resta a Lula e ao PT mostrar algo de novo, pois a disputa não será fácil.
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