quinta-feira, 7 de abril de 2005

O melhor modelo

Esta é para reflexão, qual é o nosso modelo de nação?
Foi no passado a república norte-americana, mas o tempo foi mudando isto, tanto que em quase nada nossas instituições se parecem hoje em dia com as dos Estados Unidos.
Quando da constituinte de 1988, quase tudo que foi embutido em nossa Carta Magna (muito mais um Livro Magno) foi inspirado nas constituições européias, porém em tudo diferimos das sociedades européias, ou em quase tudo.
Então aparentemente somos um país a procura de um modelo o que causa aqui uma profunda desigualdade regional (tá, eu confesso que isto ocorre em praticamente todos os países continentais) ou no mínimo vários modelos à procura de hegemonia.
Apontar qual é o melhor modelo não é fácil, mas poderíamos dar uma olhada nos que funcionam através do mundo.
Entre os países desenvolvidos apenas um é presidencialista, os Estados Unidos da América, e entre os subdesenvolvidos a grande maioria é formada por presidencialistas, quando não totalitários.
O engraçado é que mesmo os Estados Unidos não parecem pensar que o regime presidencialista é o ideal, pois em todos os locais onde ele interveio para a mudança de poder; do Japão, no final da II Guerra, ao Iraque, hoje, implantou regimes parlamentaristas.
Mas deixa estar, um modelo de nação não é formado apenas pelo regime; há uma série de outras peculiaridades como, por exemplo, os sistemas educacionais, de saúde, etc...
No caso destes dois, nossa constituição diz que deve ser providas pelo Estado a educação até pelo menos o secundário de modo irrestrita e gratuita e a saúde universal e gratuita. Verdadeira maravilha caso não passasse de ficção. E quando a constituição de um país é peça de ficção algo muito errado está acontecendo.
De qualquer forma algo está errado, ou estamos dissociados do modelo que alguém planejou e esqueceu de avisar ao resto da população ou estamos simplesmente sem modelo. Precisamos tentar dar ao país um rumo que seja considerado pela maioria da população o seu ou estaremos condenados a um futuro de crises após crise, pois sem uma meta não há como fazer um indivíduo passar por provações, quanto mais toda a maioria do povo brasileiro como está ocorrendo hoje.
Os axiomas “Brasil, país do futuro” e “crescer para poder dividir” a muito perderam sua força e o tecido social parece estar meio esgarçado em boa parte do país.Precisamos agir, mas em uma direção, e para isso precisamos saber o que pretendemos do futuro, de metas ou mesmo de utopias. Qual é a nossa neste momento?

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