A cada novo aumento do petróleo fico mais animado com as perspectivas para economia brasileira.
Os especialistas estão desencontrados se estes índices irão se manter no futuro, porém mais e mais deles começam a dizer que sim. Isto empurra cada vez mais a base energética das nações para outras vias que não o petróleo e neste campo o Brasil está muito bem.
Temos uma variada gama de meios de conseguir energia, inclusive de alguns que hoje são considerados alternativos; como através do vento ou da insolação solar, mas somos os campeões em uma que pode ser essencial em um futuro próximo: a biomassa.
Por biomassa entenda-se aquela proveniente de todas as formas de produtos orgânicos, do bagaço de cana ao esterco de vaca. Ou seja, são aquelas que derivam diretamente do sol abundante, da água abundante e da tecnologia agro-pecuária, coisas que o sucesso brasileiro na exportação de produtos de ramo provam ser mais do que encontradas nestas paragens.
Além disso, temos mais de trinta anos de pesquisas na procura de derivados de cana para a substituição de petro-derivados, e mais de vinte anos de sua utilização efetiva como combustível em automóveis, e estamos bem adiantado na pesquisa com o biodiesel.
Isto faz com que este cenário de petróleo alto seja menos amedrontador para nós do que para outras economias onde o petróleo é essencial até para a obtenção de energia elétrica, como a americana.
Com um o petróleo alto em todo o mundo os insumos dele derivados são encarecidos de modo geral mas teremos um avanço de competitividade pois nossos preços de energia, tirando os dos combustíveis utilizados no transporte, não são diretamente indexados ao do “ouro negro” e os nossos preços relativos tenderão a ficar menores do que os concorrentes internacionais.
Com a implementação de programas de biomassa gera-se também renda e trabalho interno em detrimento ao envio de divisas aos produtores externos de petróleo que estão a cada dia recebendo mais e mais recursos dos países consumidores do produto.
Outra vantagem adicional é que o encarecimento dos transportes, aliado as péssimas condições das estradas de rodagem aqui existentes, podem levar a uma mudança na nossa matriz de transportes para uma mais eficiente com predominância das hidrovias e ferrovias sobre o sistema rodoviário.
Desta forma acredito que este que alguns estão chamando de o novo choque do petróleo pode ser uma grande oportunidade para o Brasil, tanto para se afirmar como nação exportadora de combustíveis renováveis quanto, e o que é ainda melhor, de tecnologia nestes combustíveis.
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